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Arrecadação de junho é a melhor em três anos: R$ 110,8 bilhões



A arrecadação do governo federal subiu 2,01% em junho na comparação com igual mês de 2017, a R$ 110,8 bilhões, sobretudo com as receitas vindas de royalties de petróleo compensando perdas geradas pela recente greve dos caminhoneiros.

Foi o melhor desempenho para o mês desde 2015, quando a arrecadação somou R$ 113,6 bilhões, número corrigido pela inflação, divulgou a Receita Federal nesta terça-feira.

Autoridades do governo já vinham apontando que haveria possível reflexo da greve que ocorreu no final de maio e causou forte desabastecimento no país, afetando o desempenho da economia.

Mas a arrecadação com royalties do petróleo novamente surpreendeu, ajudando a ofuscar esse efeito. Embalada pela alta do dólar e do preço da commodity no exterior, a linha de receitas não administradas pela Receita Federal — guiada sobretudo pelos royalties — subiu 46,72% em junho sobre igual mês do ano anterior, em termos reais, a R$ 2,72 bilhões.

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Por sua vez, as receitas administradas pela Receita, que compreendem os impostos, avançou 1,23% na mesma base de comparação, a R$ 108,1 bilhões.

Do lado positivo, puxaram o resultado de junho a arrecadação com Cofins e PIS/Pasep, com alta de 9,45% sobre o mesmo mês do ano passado, e o Imposto de Importação/IPI-Vinculado, com crescimento de 29,66%.

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Em contrapartida, houve no mês queda de 27,93% no Imposto de Renda sobre Rendimentos de Capital sobre junho passado, ao passo que a retração na arrecadação com IPI foi de 14,28%.

Na avaliação da Receita, o dado do IPI em junho sofreu reflexo direto da paralisação dos caminhoneiros, já que houve em maio queda de 6,67% na produção industrial no país, diminuindo a base de incidência do tributo.

Na semana passada, o governo manteve sua previsão de maiores receitas no ano, apesar de ter reduzido a expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) a 1,6% neste ano, sobre 2,5% antes, apontando principalmente o peso das receitas com royalties.

Mesmo com o PIB mais fraco, o governo tem afirmado que irá cumprir a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões para o governo central, quinto resultado consecutivo no vermelho do país.

No primeiro semestre, informou ainda a Receita Federal, a arrecadação somou R$ 714,2 bilhões, crescimento real de 6,88% sobre igual período do ano passado.

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